Formado de gelo, em plena água do mar, uma parte dele é visível e outra, maior ainda, não. A figura do iceberg é bastante usada como metáfora em aulas introdutórias de psicanálise para tratar do inconsciente. É recorrente, é! Mas ajuda a associar as ideias. O que está acima da superfície representa o consciente e o que está abaixo (submerso), o inconsciente. Espero que o Titanic desvie dessa vez.

O inconsciente é formado, em grande parte, pela instância psíquica chamada de Id, juntamente com as pulsões de vida e de morte. A energia psíquica movimenta-se e faz pressões no Ego, que é a parte consciente da personalidade. O Id contém desejos e tudo que foi recalcado (reprimido) pelo Ego. O Id é amoral e atemporal.
Como é possível ter acesso aos conteúdos do Id?
Na verdade, não conseguimos acessar o inconsciente, apenas os seus representantes que se manifestam como afetos e sintomas. Atos falhos, sonhos, entre outros, são formas que alguns conteúdos passam para o Ego (que é consciente), de maneiras disfarçadas/transformadas.
Referências
Zimerman, David E. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica, uma abordagem didática. Porto Alegre: Artmed, 2007.


